Vai, doa

Pessoal

Olá queridas e queridos. Acho que ainda não peguei o jeito da coisa, estou com um delay terrível! Mas não abandonei o blog. Vai, Jéssica, escreve! Primeiro, gostaria de agradecer os comentários no post anterior. Fiquei muito feliz ao saber que a magia de realizar meu sonho pode contagiar outras pessoas. É lindo ver gente que se alegra ao saber de nossas conquistas! Prometo mais um post sobre ballet em breve, mais informativo que pessoal, pros já bailarinos, ou por enquanto, apenas sonhadores. E hoje, quero compartilhar uma experiência diferente que vivi no dia 09/05 (olha o delay!), minha primeira doação de sangue. Eu sempre achei a atitude de doar muito bonita, mas também achava que doeria muito. Lembro que quando era mais nova, chorava pra tirar sangue de exame, e imaginava que seria uma dor muito maior. Não sei se já disse isso, mas sou bem dramática. Ninguém próximo a mim precisou de doações, então segui achando a atitude bonita nos outros, e só.

Doando juntos
Casal que doa junto <3

Até que comecei a namorar. Com um cara que faz doações regulares desde 2006! Ele tirou todas as minhas dúvidas, e lá fomos pro hemocentro.  Na primeira tentativa, eu não pude doar, porque estava com baixa contagem de hemácias. Depois de um cadastro com informações de contato (o sangue passa por vários exames, e se encontrarem algo de errado no seu, eles entram em contato. Você também vai receber mensagens avisando quando pode fazer a próxima doação), passei por uma conversa rapidinha com a assistente social, e fiz o exame para saber se poderia ou não doar. Temperatura, peso, pressão, HT e concentração de hemácias fazem parte. É preciso de uma picadinha no dedo (dor muito pequena, palavra de dramática), colhendo um nadinha de sangue, e o resultado sai na hora. Também há uma entrevista, histórico de doenças e vida sexual são os tópicos. A baixa contagem poderia significar anemia, para confirmar precisaria de um outro teste. Mas conversando com a enfermeira, percebemos que poderia ter relação com a proximidade do último período menstrual. Não pude doar, mas fui até a sala de coleta, acompanhar a doação do boy. Foi legal, porque eu pude ver o processo todo de pertinho, descobrir que a dor é suportável e ter certeza que queria ser doadora também. Passados os 2 meses necessários para a nova coleta do And, voltamos lá e dessa vez deu certo! A dor não me incomodou. A equipe foi muito atenciosa, perguntavam como eu estava me sentindo o tempo todo, e a enfermeira que fez minha coleta ficou um tempão conversando sobre esmaltes comigo. Estava tão distraída que nem percebi a picada. No fim, recebi um lanche delícia. É tudo muito tranquilo, passei o dia muito bem, e já me programei para a próxima doação, daqui 3 meses 🙂

Minha primeira doação
Minha primeira doação. Isso amarelo é iodo, usado para limpar a pele.

Doar sangue é seguro, a dor é completamente suportável, não demora, não faz nenhum mal ao doador. Você também pode doar em nome de alguém, mas ser voluntário dá uma sensação muito boa. Sabia que uma única doação pode salvar até 4 vidas?! Eu fiz minha no Hemocentro da Santa Casa de Pres. Prudente, em uma pesquisa rápida no Google você encontra os da sua cidade. Você pode ligar lá para confirmar alguma informação, e agendar sua doação. É chato ir até lá e não conseguir doar, mas os critérios impostos pelo Ministério da Saúde são para te proteger, e garantir a segurança de quem vai receber. Para se tornar um doador voluntário, vá até o hemocentro levando documento pessoal com foto. É preciso ter acima de 16 anos (menores de 18 precisam de uma autorização dos pais) e pesar mais de 50kg. Você não pode doar se:

  • Teve hepatite após os 11 anos de idade, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II ou Doença de Chagas;
  • Tem exposição a situações de risco para doenças sexualmente transmissíveis;
  • Teve gripe, resfriado ou diarreia nos sete dias anteriores à doação;
  • Ingeriu bebida alcoólica nas últimas 12 horas anteriores á doação;
  • Usou ou usa drogas injetáveis;
  • Apresentar ferimento ainda não cicatrizado;
  • Estiver grávida ou em período de amamentação. Após o parto normal é necessário aguardar de 3 meses, e cesária 6 meses;
  • Fez exame por endoscopia ou cirurgia por laparoscopia nos seis (6) meses anteriores à doação;
  • Fez tatuagem ou piercing nos últimos 12 meses anteriores à doação;
  • Fez tratamento dentário nos últimos 30 dias:
  • Foi para o norte do Brasil ou países com histórico de malária nos últimos 6 meses.

Vacinação e uso de alguns medicamentos também podem impedir a doação. Mulheres podem doar a cada 3 meses, respeitando o limite de 3 doações por ano. Para homens, o período é de 2 meses, e o limite de 4 doações. Para garantir seu bem estar, você não deve estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas últimas 3 horas. Se você não se sente bem, é melhor deixar a doação para um outro dia. O sangue é testado para muitas doenças, mas algumas delas podem estar em período de incubação, e não aparecerem no teste. É muito importante que você seja verdadeiro na entrevista. Se você quer apenas fazer exames, procure uma unidade de saúde para isso. O kit de doação é esterilizado, seguro, e tem um custo alto, então não vamos desperdiçar.

Depois da doação.
Depois da doação.

O post ficou meio grande, mas achei importante deixar tudo explicadinho. Lembrando, não sou especialista, e fiz apenas uma doação. Essa foi minha experiência, muito positiva, e acrescentei informações encontradas em sites da área. Pesquisando, vi que mulheres podem sim doar durante o período menstrual, mas acredito que isso vai do organismo de cada uma. Para garantir, preferi doar um tempo após o último período. E se você ainda tem dúvidas, pode deixar nos comentários, que eu vou verificar com um profissional. Até mais, e dessa vez os beijos são especiais pro Anderson, o boy. Que esse altruísmo esteja sempre presente nas nossas vidas

*Vai doa é um projeto para incentivar a doação. Você pode saber mais sobre ele nesse link.

Sobre Jéssica Ambrósio

Publicitária, bailarina e cacheada. Adoro escrever e estou descobrindo as delícias de viajar. Tudo no custo-benê, claro.

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