Ballet para adultos

Aproveitando a data, Dia Mundial da Dança, resolvi falar de uma grande paixão, o ballet. A leveza, a precisão, os detalhes de cada passo, salto, das mãos, tudo no ballet me fascina. Eu me declaro bailarina, e muita gente acha que faço aulas desde criancinha, então vou explicar um pouco desse assunto que ainda assusta: ballet para adultos.

Eu realmente fiz aulas quando criança, mas foi por pouco tempo. A vontade de continuar, no entanto, sempre existiu. Tinha o preconceito com minha idade, e apesar de sempre ter sido magra, não era ‘magra o suficiente’. Eu deveria estudar, fazer algo que garantisse o futuro, e não ficar sonhando. Ballet é coisa de criança.

Com isso, fui adiando o sonho. Não tinha coragem nem de ligar nas escolas de dança, perguntar se existia ou não uma turma para mim. Mas em 2012 eu ‘descobri’ uma escola de dança na minha rua, e fazer aula nos sábados de manhã era uma alegria! No começo, eu era a menina mais nova da turma, que tinha adultas, mães, trabalhadoras, pessoas normais que encontravam naquelas duas horas semanais um respiro.

Foi como se tivesse começado do zero, já que meu corpo não lembrava nada que havia aprendido. Isso é normal, pois o ballet exige bastante. Lugar comum dizer isso, mas é algo que deve ser levado em consideração. Você não precisa ser perfeito, mas deve buscar a melhor execução possível, dentro dos seus limites, para cada passo. Seus músculos vão mudando, e com o tempo, você já superou uma coreografia que parecia impossível, e se sente merecedora de ser chamada bailarina.

Durante esses anos, a escola mudou, e eu precisei parar por um tempo para me dedicar ao TCC. Acabei voltando em uma outra escola, mais perto pra mim, novamente numa turma de adultas, que havia iniciado a pouco tempo. Ainda sou iniciante, meu corpo ainda possui limitações, a perna não sobe muito, não vira muito, não abre muito. Mas com dedicação, tudo isso pode ser conquistado 🙂

Esse foi um pouquinho da minha história com a dança. Se você, mocinha ou mocinho, tem alguma dúvida, vou adorar responder. E prometo escrever mais sobre esse tema.  Até, beijos, dessa vez dedicados especialmente para as professoras Suzi, Adriana, Lysia e Tamara, que sempre corrigiram com amor e me guiaram em busca desse sonho.