Olá queridos e queridas, como estão? Esse final de semana eu compartilhei no Facebook minhas impressões sobre o filme A Culpa é das Estrelas, e muita gente curtiu. Resolvi então me aprofundar mais, e trouxe o assunto pra cá. Primeiro, quero dizer que li o livro ano passado, e estava ansiosa pelo filme. Ainda assim, não quis ir logo no cinema porque já sabia história, e queria evitar sala lotada e gente fungando. Acabou que participei de uma promoção e ganhei os ingressos, e como o filme estreou faz tempo, achei que estaria bem tranquilo. Errei feio. Gente de todas as idades, casais, grupos de amigos, famílias (até criança em carrinho tinha!) conversavam animados antes das luzes apagarem, apostando se iriam chorar ou não. E pelo que vi, a história de amor entre adolescentes com câncer agradou a todos.
De primeira, o assunto pode até assustar, mas a forma com que Hazel Grace (Shailene Woodley) e Augustus Waters (Ansel Elgort) encaram a doença, as perdas que a acompanham e também a morte nos faz pensar em muita coisa. De personalidades diferentes, Hazel é muito realista, com um senso de humor ácido, e Gus tem um que de Pollyana* e seu jogo do contente, eles se encontram um no outro. Principalmente para Hazel, que vivia fechada no ciclo casa-hospital, ter companhia ajuda no processo de amadurecimento. E além do apoio, eles que foram privados de tantas coisas vivem algo normal para sua idade: se apaixonam. A adaptação é impecável, e a trilha sonora linda.
John Green, o autor, se envolveu muito na produção do longa, e deu para ver que tudo se manteve bem fiel, inclusive algumas cenas e falas são iguaizinhas. Eu não chorei, talvez porque derramei muitas lágrimas com o livro, mas fiquei feliz ao ver que essa história atingiu tanta gente. O livro entra na categoria Jovens Adultos, e esse rótulo costuma ser o suficiente para classificá-lo como ‘historinha para meninas de 14 anos’. Eu adoro livros JA, e já ouvi bobagens de gente que não quis nem ler a orelha, por um preconceito bobo que acaba limitando o alcance de ótimas publicações.
Muitas frases marcantes permeiam a história e nos levam a reflexão no texto do João Verde. Doar-se por outra pessoa, medo do desconhecido, realizar sonhos, viver o amor, são muitas mensagens positivas que podemos levar para a vida. Recomendo a leitura, mas se você for apressadinho, uma sugestão que eu nunca dou: pode assistir o filme primeiro, mas só porque que ele respeita seu original. A história engraçada que eu tenho é que já tentei usar com segundas intenções uma dessas frases. “Alguns infinitos são maiores que outros” é uma frase linda, e achei que o comecinho de namoro era uma boa oportunidade para usá-la. Só não esperava que o boy, expert nas ciências exatas, me desse uma aula, afirmando que não podemos mensurar o tamanho dos infinitos para depois fazer uma conta… Acabou com o romantismo, mas rendeu amor <3 E foi com ela que participei e ganhei os ingressos. Valeu, RG Mídia!
* Para quem não conhece, Pollyana é uma orfã, personagem do livro homônimo de Eleanor H. Porter, que com seu jogo do contente, procura encontrar algo de bom em tudo que acontece. Seu nome se tornou sinônimo de otimismo.
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